De longe me procuras...
(by jan).
Comigo, cansada estarás sempre, prometo:
Na cama, na rede ou no terraço,
Pois quando nos deitarmos juntos,
Seja onde for ou onde quiseres,
E eu penetrar essa tua fenda, linda,
Será nela que esgotarei todo o meu amor,
Sem te dar um minuto de trégua,
Com minhas loucas carícias, sem nenhum pudor.
Neste momento,
Em completo êxtase,
Sem qualquer embaraço,
Deixarei de ser teu amigo,
Para ser teu único macho,
Num forte e penetrante abraço...
Buscaste-me no firmamento, disseste,
No céu da minha cidade,
Numa noite límpida e clara,
Onde até lua e estrelas viste,
Quando sobre ela voavas
No sonho que relataste...
Mas, será que não conseguiste sentir-me,
Quando te excitavas com o meu carinho?
Ao beber do teu mel em tua gruta,
Ainda assim, não me identificaste?
Afinal, que tipo de sonho foi este
Onde apenas tu me possuíste
E nem se quer me entendeste?
Se nem pelo poder do pensamento,
Eu não te tive completa,
Como poderei eu,
Triste ou alegre, feliz ou não,
Continuar meu caminhar solitário?
Quando, enfim, me entenderás, então,
Ainda que longe de mim estejas,
Mesmo sabendo que insistes em me procurar,
Bem lá no fundo do teu relicário,
Num cantinho especial do teu coração?
Quero que saibas que, nele, deixei gravado,
Querida, meu louco amor por ti
E minh’alma perdida, no teu abrigo,
Na tua cama, em tua rede, no terraço,
Onde me quedei para sempre embevecido,
Nas curvas do teu belo regaço,
Será que permanecerás me evitando
Apesar de eu saber que existes,
Que não és apenas um sonho,
E, mesmo assim, continuarás a insistir
Que eu continue sem poder te tocar.
Até quando, sonharás comigo
E eu apenas sonharei contigo?
Quando esse amor e esse imenso tesão,
Realidade, para sempre, se tornarão,
fazendo-nos expelir, toda a nossa emoção
num gôzo intenso, longo, em profusão?
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