domingo, 13 de fevereiro de 2011

PERFORMANCE...

Prefiro a excitação que sinto!

(by jan)

Foste cruel quando julgaste o que escrevo banal

Sinto que és vulgar e que só gostas do que dizem

Aqueles que invertem os valores de uma forma animal

Por isso, só aceitas o que pensam os que nada sentem,

E vivem todos os momentos da vida de forma vulgar

Não têm sentimentos, não amam, tudo desprezam,

Os amores e as dores, são egoístas, são bem devagar,

Esquecem que nessa vida são bem-aventurados os que amam.

E desgraçados os que desprezam o amor e dele zombam

É nele que o ser humano encontra a inspiração para viver

Para realizar tudo o que brota de seu afortunado coração,

Completamente diferente daqueles que apenas enganam,

Praticam um amor viciado, pelo uso da droga, que os excita

Um amor furado, que não tem sentido, nem nenhuma inspiração,

Que visam apenas uma performance falsa, que apenas os exercita

Prefiro me excitar pelo corpo da mulher, ser verdadeiro, natural

Sozinha?

(by jan)

Está sozinha porque quer,

eu estou aqui mulher!

Não consegue me ver?

Não consegue me ter?

Só se for porque não quer...

Venha me dar prazer!

Venha comigo fazer!

Venha sentir prazer comigo,

nesse seu coito tão contido,

que já está ficando antigo!

Venha ficar comigo!

Venha chorar comigo,

eu também sou seu amigo,

acredite venha querida, logo

De que reclamas, afinal, minha amiga?

(by jan)

Querida, jamais te sintas “um caco”, pois és mulher e só porque és esse ser divino, já linda, és. Uma mulher linda tem o direito e até a obrigação de olhar “por debaixo” ou por cima de qualquer coisa, inclusive porta, à procura do que mais lhe interessa o amor, para sentir ou para fazer. Mas jamais te esqueças de deixar a tua aberta.

Foge das “sombras” que te perseguem. Quando isso acontecer procura refúgio nos braços de alguém, faze amor, muitas vezes, até que as “sombras” se cansem e desapareçam. Fazer amor, com muito tesão, é remédio para tudo, até para afugentar as “sombras” que nos perseguem, porque o ruído do nosso gozo vai com certeza assustá-las, afugentá-las para longe e para sempre.

Quando te sentires “em cacos, retalhada, despedaçada” procura algum artesão da alma ou do corpo – este o mais indicado – aquele que te dará mais tesão e refaça os teus cacos.

A “felicidade” é “um cavalo encilhado” que passará na tua porta e terás que estar atenta para montares nele rapidamente, antes que desapareça na curva do caminho...

Se o provaste e gostaste do “sabor” e agora queres “odiá-lo” prova-o novamente, uma, duas, várias vezes até “enjoar” e quando isso acontecer prova em outra boca o beijo que procuras que, além de sabor diferente, encontrarás mistérios e prazer e sentirás nele amor, paixão, tesão em vez de dor (quem sabe?)

A mulher, “pimenta que arde”, é perigosa mais é a que tem o melhor sabor. E sabor como este não foi feito só para um apreciador. Fuja dos apreciadores ciumentos, inseguros. Procura este homem ele existe e pode estar ao teu lado.

“Malcriada” todas são quando se sentem ofendidas.

Saber “pedir desculpas” é uma virtude que se contrapõe para poder equilibrar a mulher anterior.

“Fazer promessas” e não cumprir só é perigoso quando as fazemos aos santos. Tu és baianinha e disso entendes, melhor do que eu, que sou carioca e, disso, apenas ouvi falar.

Virar “do avesso de novo”, ser “veneno puro”, “pimenta que arde” tudo isso reunido numa só mulher é qualidade de uma bela “potranca” e não defeito – é assim que eles se referem às mulheres gostosas lá nos pampas, com os quais concordo. Qualidades, eu repito, de uma bela “potranca” que ainda não se deixou montar por um exímio cavaleiro que saiba apaziguar, acalmar todo o teu furor uterino, esse tesão, tantos anos, compulsoriamente, acumulado.

A mulher que és, portanto, jamais se permitirá ser um CACO

Uma resposta ao poeta que teve a coragem de, num de seus poemas eróticos, só autorizada a sua publicação após sua morte, declarado "ter um deus no meio das coxas" o que achei ofensivo à mulher, esse ser divino, que consegue a duras penas sobreviver nesse mundo machista, tendo-a subestimado, com o qual não concordo e deploro.


Quem és tu poeta?

(by jan)

Quem és tu poeta

Para declarares ter um deus

Bem no meio das tuas coxas?

A vaidade dominou-te as cabeças,

Ou as perdeste de vez?

Da debaixo, a penduradinha,

Ousaste declarar tamanha insensatez.

A de cima, coitadinha,

Deveras ficou assustada,

Com tal declaração,

Intempestiva, pretensiosa e estapafúrdia.

Foi piada de mau gosto ou foi delírio?

Se não explodiu de tanta empáfia,

Não explodiria, é óbvio, nunca mais

Só publicaram essa sandice,

Após a tua morte (que sorte a tua!)

Logo tu, príncipe de todos os poetas,

Como tiveste a coragem de fazer

Uma confissão como esta?

Só por teres sido quem foste,

De todos um dos maiores poetas,

Te concederemos um desconto...

Não, sem antes, concordares conosco,

Mesmo já tendo partido desta para melhor,

Sem dela poderes mais aproveitar,

Compulsoriamente, te exigimos

Que, aí do andar de cima,

Consertes toda essa confusão,

Que aqui embaixo tu causaste.

Por acaso não sabes ou esqueceste,

Que só sobre a mulher,

Essa maravilha da natureza

Podemos enfim enfatizar,

Com toda a nossa certeza,

Sem timidez, nem medo de errar?

Ela sim e só ela tem

Uma deusa no meio das coxas!

A mais bela quanto mais bela for

Coisa mais linda e mais gostosa,

Que nos faz vagar, voar nas nuvens

Viajar, naquele paraíso,

Quando permitido, é claro!

E nela nos afogar, embevecidos,

Fremir quando a penetramos,

Gozar quando virmos visagens

De tanto tesão, enlouquecidos

E quando, nossa alma, nela, expelirmos

De todas as formas e maneiras possíveis,

Ver miragens, como vês aí,

Nesse deserto espacial em que agora vives...

Que homem de sã consciência,

Poderá comparar o membro dele,

Com uma fenda tão gostosa e quente, como aquela,

Seja poeta famoso, vivo ou morto

Milionário, pobre ou rico?

Onde, todos nós homens,

Poeta, naquela coisa gostosinha,

Situada bem no meio das coxas

Que todos nós, menos cabotinos,

Esgotamos todo o nosso prazer,

Bem naquela, poeta, que subestimaste?

E, depois, ainda, podermos

Ter a satisfação de dizer:

Só tu mulher, que deusa já nasceste,

Nesse mundo de meu Deus e mais ninguém,

Outra deusa, no meio das coxas, tens também!

O que seria poeta de tuas metáforas, hoje?

Pois agora saibas que o sexo a nada se compara...

Como disse Moravia: “O sexo deve ser encarado,

Na vida e na literatura, como algo que não deve

Ser pervertido pela metáfora, mesmo porque

Nada há que se lhe assemelhe ou lhe seja análogo.”

Mas desta vez não precisavas exagerar,

Podias metaforar!

Pois assim, quem haveria

De sobre assunto tão simples,

Como sexo, te entender ou discordar?!

Perdoe-me poeta o neologismo

(metaforar) é que eu odeio sentido figurado!

Prefiro escrever o que sinto

Da forma que todos pobres ou ricos,

Analfabetos funcionais, nossa maioria

Ou não, possa me entender!

Plagiando Rubem Fonseca: Poetas eu lhes imploro não usem a metáfora para exprimir, falar ou escrever sobre sexo, pois não há nada nesta vida que a ele se compare. jan.

UMA HOMENAGEM A POETISA ANA C. POZZA

Definitivamente não permitirei mais, que me chamem de pornográfico. O poema, que resolvi postar abaixo, é de uma senhora poeta, digna e corajosa dama, que honra o seu nome, nada teme e de ninguém se esconde, o que faltou a muitos pseudos machos que só permitiram publicar seus poemas porno-eróticos após a morte ou usaram heterônimos (alguns até usaram três) para fazê-los. Loas a essa dama que, para mim, mal comparando, porque odeio parecer machista, é o Bocage de saias! Além do que não faz uso de metáforas, o que a torna o máximo! Leiam com atenção o seu poema abaixo:

Tirando a roupa...

(Autora: Ana C. Pozza)

Gosto de tirar a roupa
E sentir o teu caralho duro
Enchendo de prazer a minha boca
Deixando-me louca de tesão
Enquanto vou sendo beijada com sofreguidão...

Gosto de tirar a roupa
Virar-me de costas
E oferecer-me por inteiro
Pedindo sorrateira
A tua entrada no meu traseiro.

Gosto de tirar a roupa
E me sentir lambuzada
Inteiramente desejada
Pronta para comer
E ser comida...

Gosto de tirar a roupa
Abrir as minhas pernas
E ficar te sacaneando
Oferecendo a minha vagina quente
Cheia de vontade de ficar molhada.

Gosto de tirar a roupa
E me sentir uma puta
Pronta para ser abusada
Penetrada, amada
Tonta de tesão e dor.

Gosto de tirar a roupa
E sentir as tuas mãos me envolvendo
O teu dedo no meu cuzinho
A tua língua na minha pombinha
E a minha boca no teu pau.

Gosto de tirar a roupa
E de gritar como uma maluca
Com o prazer doidivanas
Que tu provocas no meu corpo
Quando entra em mim ereto.

Gosto de tirar a roupa
E ser obscena
Ser a tua pequena
Ser a tua tarada
Sempre pronta para tirar a roupa...
Autor: Ana C. Pozza

Prefiro a excitação que sinto!

(by jan)


Foste cruel quando julgaste o que escrevo banal

Sinto que és vulgar e que só gostas do que dizem

Aqueles que invertem os valores de uma forma animal

Por isso, só aceitas o que pensam os que nada sentem,

E vivem todos os momentos da vida de forma vulgar

Não têm sentimentos, não amam, tudo desprezam,

Os amores e as dores, são egoístas, são bem devagar,

Esquecem que nessa vida são bem-aventurados os que amam.

E desgraçados os que desprezam o amor e dele zombam

É nele que o ser humano encontra a inspiração para viver

Para realizar tudo o que brota de seu afortunado coração,

Completamente diferente daqueles que apenas enganam,

Praticam um amor viciado, pelo uso da droga, que os excita

Um amor furado, que não tem sentido, sem nenhuma inspiração,

Que visam apenas uma performance falsa, que apenas os exercita

Desempenho que só quem, como tu, gosta porque não tem coração

Oração de amor!

(by jan)

Quando sugo teus mamilos ávidos por carinho,

Vibro e oro ao vê-los intumescidos,

Naquele anseio de um frêmito tesão,

Erroneamente, por alguns beatos, chamado pecado.

Sempre, pela manhã, quando reiniciamos

Nosso embate

Onde sempre há empate,

Ao penetrar tua fenda que me aguarda

Gulosa, ávida para auferir

O que nela será espargido, ungido

Na sensação de um prazer a tanto tempo desejado

Doado, espontâneo, tantas vezes repetido

Nos segundos, minutos, horas, dias, meses,

Quiçá por séculos,

Amém!

Indiferente, felizmente...

(by jan)

Como se fosse uma boca assim vermelha

Com esse botão que a uma rosa se assemelha

Quantas vezes provocaram os meus desejos

De sugar o que nada mais é do que teu grelo

Essa fenda gostosa, tão pequena e mentirosa

Que ao fremir gozava uma mentira cor de rosa

Deixando-me imaginar que nela eu saciava

Uma ansiedade de minha alma boba, escrava

Enquanto a beijava pensando que eras minha

Imbecil, querendo te fazer minha rainha,

Tu sorrias na tua imaginação, zombavas de mim

Fingias sentir-me, gozar, assim maldosamente.

Agora só me resta, à distância, fingir contente

Ao ver que é outro que aquela flor desfolha,

Que é ele agora o enganado e eu, indiferente,

Não sofro mais, ao contrário, felizmente, sorrio de ti, tola!

Soneto de um repentista

(by jan)

Sou poeta repentista e cantador,

Lá das bandas da terra do meu avô.

Tenho a alma de nordestino,.

Canto o meu e o seu destino.

Sou repentista mas da mulher sou cantador

Acredite-me por favor, meu senhor!

Mas há momentos que também sou gozador

Gosto de cantar a vida vivida

E não tristezas que nada dizem,

Nos pobres versos que faço na caatinga,

Pois não gosto de sentir dor.

O que só os pobres de espírito sabem de cor,

Aqueles que nessa vida só têm pudor,

Jamais, gozarão na vida, o gozo do amor...

Resposta para uma fêmea faminta...

(by jan)

Moram em mim, também,

Mais demônios do que deuses,

Principalmente quando leio alguém

Como só tu sabes ser, fêmea faminta

De amor e de prazer, porém,

Mantendo-te escondida, não mintas!

Por que te escondes assim

Sem querer conhecer ninguém?

Vem, vem pra mim!

Tens tanto amor para dar

Onde escondeste a coragem?

Sobe em mim, vem me amar,

Sente, do meu amor, toda a voragem,

Pára, pra sempre, de te podar!

Quero te dar amor e não dor

Fazer-te, até pelos poros, gozar!

Sai desse casulo e vem fazer amor,

Conhecer a fera que tanto desejas.

Vem comigo, vem pecar!

Dar-te-ei todo o amor que esperas

E temor e rumor, se ainda quiseres.

Mas prometo, jamais te darei dor!

Contudo, para isso, é preciso

Que esqueças, por favor,

Que todo poeta é um “fingidor”!

Aquela Pessoa que te disse isso

Foi o Fernando aquele gozador

E o que é pior, todo mundo sabe disso,

Naquele momento, ele não era o poeta

Era, apenas, um pobre homem submisso,

Como todo homem é,

Aos prazeres da mulher

POEMA ERÓTICO

Coisa chata a danada
Da tal de trepada rimada!
Eu falei que era chata, atenção,
Não a trepada, irmão!
Essa é sempre gostosa,
Mas ter que fazê-la rimada,
Isso é que é uma foda mal dada... (hahahaha!)
(by jan)

Fitam-me teus olhos,
De uma forma diferente...
A o vê-los fico sem ar
E a respiração ofegante
Sei que, agora, queres me amar,
Doma essa fera, então, amante,
Que eu estou a fim de te dar, ceder.
Entregar-me aos teus carinhos,
Deixar-te meu suco beber.
Estou cansado de viver sozinho!
Toca-me o corpo querida
Como só tu sabes, nesse ninho,
Onde eu te quero minha vida.
Suga o que dizes, nele, adorar,
Põe-no todo em tua boca
Faz-me nela delirar, gozar
Que eu te farei ficar louca,
Quando em tua fenda entrar,
Para que jamais te esqueças
Que sempre tens que voltar

POEMA PORNO-SÉRIO

Por que dez dedos e só um caraio?
(by jan)

Como dizia meu velho padastro,
Bem baixinho, nos olhando de soslaio:
“Por que Deus me deu dez dedos
E só me deu um caraio?”

Se tivesse feito o contrário,
Eu seria mais feliz
Não seria esse otário!

Sofrendo esperando esse infeliz
Subir para comer minha velha gatinha
Eu não teria que ouvir o que diz

Toda gente, é que eu não tinha...
Pois quem sou eu para dar
Várias trepadas sem parar
Na tua querida avó, coitadinha?

Com dez caraios bem nutridos
Eu livraria o meu ouvido
Das tantas gozadas que me dão
E no pobre coitado do meu caralhão

Já vi que assim estou fudido,
Nada vou conseguir não,
Só com um caraio, estou perdido!

Nem posso pedir perdão
Tenho medo de ser banido
Antes de a velha ir pro caixão.

Pois poderá me levar com ela
Pensando que lá, volta o meu tesão
É muito maluca essa velha
Escondo-me, mas com ela não vou não!

Penso e sinto o amor, assim...

(by jan)

Em amor não existem premissas ou assertivas, não existem psicologias que o definam, esclareçam ou solucionem sua falta ou existência!

Podem existir psicólogos, psicanalistas, “expert”, versados em sexo e em toda a sua complexidade, em seus mistérios, em suas posições, como as do KAMASUTRA – criação de um louco e pervertido francês – em como fazê-lo e praticá-lo. Mas, em amor, não acredito que alguém nele seja versado, especialista.

O amor, é bondade e é maldade, é prazer e é dor, é desejo e é repulsa, alegria e tristeza, força e fraqueza, por ser amor é paradoxo, é incoerência, é algo indefinido e indefinível, é imensurável, é único, não tem tempo de duração, é indecifrável, é abstrato e é concreto, é droga que cura, que vicia, que mata, é presença, é vida, é morte ...

Excetuando-se o amor de mãe, o mais perfeito, o insubstituível, o único incondicional, só os privilegiados o sentem, quando são por ele tocados e, assim, são transformados.

Todo o planeta deseja senti-lo, ao menos uma vez, mas poucos conseguem, só os semideuses, os afortunados...

Creio que, quando o amor não nasce, de primeira (no primeiro toque, na primeira vez que ambos se ouvem, se olham ou se tocam, mesmo que seja até através do pensamento, no auge da paixão) ele dificilmente prospera. E se não prospera não é amor é sofisma. Mas impedir que o tempo o amadureça é contribuir para que ele precipitadamente morra é matá-lo no nascedouro.

Ter um amor, permitir-se senti-lo é um ato de coragem. Só os covardes fogem dele!

O pensamento ainda é a força motriz do universo e nada o substitui, mesmo na vida moderna. Sem motores e foguetes, nele, viaja-se para onde se deseja ir, imediatamente. Vencendo as mais fantásticas distâncias, derrubando as mais terríveis barreiras, combatendo os mais destruidores preconceitos, criando as mais deliciosas fantasias... O pensamento, meu amor, te traz quando te quero, para a minha companhia. Ele é o elo que salva quem se ama à distância...

Eu sou latino, tenho sangue latino, descendo de portugueses e franceses e é assim que penso e sinto o amor... Lutarei por ele custe o que custar e a ele me entregarei de corpo e alma!

“Se conselho fosse bom...”

(Um soneto do jan)

Passei por aqui, não te encontrei

Então voltei veloz, voei

Envergonhado de ter procurado

Aquela, por quem jamais fui chamado!

Um homem tem que se valorizar, ter moral,

Para poder ser respeitado, um dia ser amado.

Se isso não acontece, se ele permite, ele vai mal,

Todo incompreensivo deve ser abandonado!

Dá adeus, a esse amor impossível, amigo

Antes que, na vida, outro amor

Te vire as costas e percas seu abrigo!

Se isto acontecer sentirás forte dor,

Por que um homem abandonado

Não é nada, sequer tem algum valor!

Lembra-te e entende que ser delicada,

Educada, como ela, não é toda mulher que é,

Afasta-te! Dá um tempo, conheceste uma raridade,

Deixa-a seguir seu caminho do jeito que quer...

Assim agindo, dar-lhe-ás a oportunidade

De sua vida, tranqüila, poder voltar a viver

Amadurecer, voltar decidida, querer rever

Aquele que, um dia, por não estar preparada,

Cercou-o de desculpa esfarrapada,

Não o assumiu, disse estar muito atarefada.

Sendo assim, que sejas cavalheiro, educado...

Facilita, afasta-te, ela, talvez esteja cansada

De na vida, pelo homem, ser maltratada,

Perdoa, ela se sente desiludida, enganada!

(Mas, quem sabe, um dia, confiante volte, meu velho!)

Serei eu masoquista, romântico ou sentimental?

(by jan)

Não sou artista: escritor; poeta; pintor; ator; cantor ou compositor. Entretanto, se assisto uma peça ou um filme em que há sofrimento de amor, de dor ou quando ouço uma música orquestrada em que percebo que seu compositor, ao fazê-la, com certeza, tocou sua mão na mão de Deus (“Apenas um coração solitário”) é um exemplo, na fantástica interpretação do virtuose Freddy Gardner, o maior, melhor e mais perfeito saxofonista do mundo, mesmo após mais de cinqüenta anos, de sua morte ou, outro exemplo, a interpretação de um tenor, como Pavarotti, em “Nessun Dorma”, nas óperas Carmen, Otelo, e tantas outras músicas clássicas emocionantes... Naqueles momentos, mesmo sem querer, participo daquela interpretação, como se protagonista fosse e sinto toda a sua emoção, de tal forma intensa, que chego às lágrimas e, como aquele intérprete, todo o sofrimento que aquela peça, ópera, filme, ou música romântica provoca: dor de saudade, de amor ou de tristeza. Geralmente, quando isso acontece, estou compulsoriamente solitário, quase sempre, na gostosa companhia do meu cãozinho Júnior e na reclusão do meu sítio, naquele paraíso, que creio criei só para mim, pois ninguém me acompanha. É lá que meu pensamento voa e me remete ao passado onde me encontro, nessas fantásticas viagens, com a saudade e rememoro os momentos mais felizes ou mesmo os mais tristes que já vivi. Eu vivi intensamente, confesso, enquanto me foi permitido!

Serei eu MASOQUISTA ou um momentâneo masoquista? Serei eu um romântico ou um excessivo sentimental? Que explosão é essa de sentimentos que de repente me afloram? Não sei! Será isso bom ou mau? Só sei que, nesse momento sublime, (sublime de belo e não de sublimação) ao emocionar-me às lágrimas, me sinto mais humano, lavo a minha alma e fico mais leve. Talvez isso, explique o ódio que sinto de vulgaridades que não nos dizem nada, exemplos: rock pauleira ou metaleiros, músicas com interpretações ridiculamente dúbias, como a “Dako é bom!” e um monte de imbecis e retardos a acompanham e aplaudem. A inversão de valores no mundo cria esses monstros não sagrados, apenas ridículos e, nesse momento, o sentimento, que me aflora, é inverso é de nojo, raiva!

Serei eu paradoxal? Porque ao mesmo tempo em que gosto de coisas puras, emotivas, também gosto da poesia erótica e tudo que se refere ao erotismo, evidentemente, quando envolve um homem e uma mulher, envolvimento hetero!

Nesses momentos, eu me permito sentir tudo isso e tento analisar-me. Confesso que às vezes fico assustado com tanto sentimento e, por isso, indago a mim mesmo: Serei eu um masoquista, um romântico ou piegas?

Enquanto pensam para me responder, atenção no que vou lhes dizer: Eu só sei que fui e sou um homem realizado e feliz! jan