Serei eu masoquista, romântico ou sentimental?
(by jan)
Não sou artista: escritor; poeta; pintor; ator; cantor ou compositor. Entretanto, se assisto uma peça ou um filme em que há sofrimento de amor, de dor ou quando ouço uma música orquestrada em que percebo que seu compositor, ao fazê-la, com certeza, tocou sua mão na mão de Deus (“Apenas um coração solitário”) é um exemplo, na fantástica interpretação do virtuose Freddy Gardner, o maior, melhor e mais perfeito saxofonista do mundo, mesmo após mais de cinqüenta anos, de sua morte ou, outro exemplo, a interpretação de um tenor, como Pavarotti, em “Nessun Dorma”, nas óperas Carmen, Otelo, e tantas outras músicas clássicas emocionantes... Naqueles momentos, mesmo sem querer, participo daquela interpretação, como se protagonista fosse e sinto toda a sua emoção, de tal forma intensa, que chego às lágrimas e, como aquele intérprete, todo o sofrimento que aquela peça, ópera, filme, ou música romântica provoca: dor de saudade, de amor ou de tristeza. Geralmente, quando isso acontece, estou compulsoriamente solitário, quase sempre, na gostosa companhia do meu cãozinho Júnior e na reclusão do meu sítio, naquele paraíso, que creio criei só para mim, pois ninguém me acompanha. É lá que meu pensamento voa e me remete ao passado onde me encontro, nessas fantásticas viagens, com a saudade e rememoro os momentos mais felizes ou mesmo os mais tristes que já vivi. Eu vivi intensamente, confesso, enquanto me foi permitido!
Serei eu MASOQUISTA ou um momentâneo masoquista? Serei eu um romântico ou um excessivo sentimental? Que explosão é essa de sentimentos que de repente me afloram? Não sei! Será isso bom ou mau? Só sei que, nesse momento sublime, (sublime de belo e não de sublimação) ao emocionar-me às lágrimas, me sinto mais humano, lavo a minha alma e fico mais leve. Talvez isso, explique o ódio que sinto de vulgaridades que não nos dizem nada, exemplos: rock pauleira ou metaleiros, músicas com interpretações ridiculamente dúbias, como a “Dako é bom!” e um monte de imbecis e retardos a acompanham e aplaudem. A inversão de valores no mundo cria esses monstros não sagrados, apenas ridículos e, nesse momento, o sentimento, que me aflora, é inverso é de nojo, raiva!
Serei eu paradoxal? Porque ao mesmo tempo em que gosto de coisas puras, emotivas, também gosto da poesia erótica e tudo que se refere ao erotismo, evidentemente, quando envolve um homem e uma mulher, envolvimento hetero!
Nesses momentos, eu me permito sentir tudo isso e tento analisar-me. Confesso que às vezes fico assustado com tanto sentimento e, por isso, indago a mim mesmo: Serei eu um masoquista, um romântico ou piegas?
Enquanto pensam para me responder, atenção no que vou lhes dizer: Eu só sei que fui e sou um homem realizado e feliz! jan
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