domingo, 13 de fevereiro de 2011

Indiferente, felizmente...

(by jan)

Como se fosse uma boca assim vermelha

Com esse botão que a uma rosa se assemelha

Quantas vezes provocaram os meus desejos

De sugar o que nada mais é do que teu grelo

Essa fenda gostosa, tão pequena e mentirosa

Que ao fremir gozava uma mentira cor de rosa

Deixando-me imaginar que nela eu saciava

Uma ansiedade de minha alma boba, escrava

Enquanto a beijava pensando que eras minha

Imbecil, querendo te fazer minha rainha,

Tu sorrias na tua imaginação, zombavas de mim

Fingias sentir-me, gozar, assim maldosamente.

Agora só me resta, à distância, fingir contente

Ao ver que é outro que aquela flor desfolha,

Que é ele agora o enganado e eu, indiferente,

Não sofro mais, ao contrário, felizmente, sorrio de ti, tola!

Nenhum comentário:

Postar um comentário