Indiferente, felizmente...
(by jan)
Como se fosse uma boca assim vermelha
Com esse botão que a uma rosa se assemelha
Quantas vezes provocaram os meus desejos
De sugar o que nada mais é do que teu grelo
Essa fenda gostosa, tão pequena e mentirosa
Que ao fremir gozava uma mentira cor de rosa
Deixando-me imaginar que nela eu saciava
Uma ansiedade de minha alma boba, escrava
Enquanto a beijava pensando que eras minha
Imbecil, querendo te fazer minha rainha,
Tu sorrias na tua imaginação, zombavas de mim
Fingias sentir-me, gozar, assim maldosamente.
Agora só me resta, à distância, fingir contente
Ao ver que é outro que aquela flor desfolha,
Que é ele agora o enganado e eu, indiferente,
Não sofro mais, ao contrário, felizmente, sorrio de ti, tola!
Nenhum comentário:
Postar um comentário