sexta-feira, 12 de agosto de 2011
DESCULPA-ME POETA!
(by jan)
Conheci Vinícius na França.
Lá, cônsul da minha pátria
e o melhor da minha lembrança.
Aqui, poeta do “Pátria minha”.
escrito, longe do seu solo, ainda no exílio,
por quem chorava, ao lado do filho.
Poema do chamado poetinha,
(pelo povo, como pode?)
Codinome que se contradiz
e nem por carinho se explica,
para quem a ele se aplica.
Isso é uma grande falta de respeito,
com quem para todos abriu seu peito,
toda sua alma e todo o seu coração.
Por quem, por seu país, sua mágoa chorou,
além de lhe doar o melhor da sua emoção
e de longe, sedento em seus versos, brotou
toda a saudade que o machucou.
Dele e de sua amada, no isolamento,
esse Homem cantou todo o seu tormento,
distante de seu país, no vazio do longo exílio,
longe do seu grande amor,
completamente sozinho, naquele frio,
Sem poder em sua “Ipanema”,
sentir seu sol e de seus amigos o calor,
em sua praia querida, em frente a rua,
onde, no bar que freqüentava, anos depois,
aquela “garota” compôs
(“Garota de Ipanema”, que mulher foi mais cantada?)
todos, agora, sabem, sua musa preferida...
Vendo-te e ouvindo-te, eu me rendo!
Agora, sei que não sou poeta, te lendo,
nem sequer pseudo esteta, compreendo.
Desculpa-me, grande poeta, conterrâneo,
minha ousadia, poeta meu, meu predileto!
Dos brasileiros, o que mais respeito,
Prometo-te, querido, nunca mais escrevo!
Minhas pseudo poesias, deixá-las-ei no leito.
Envergonhado, tentarei adormecê-las,
Ou enterrá-las em meus devaneios...
Jamais repita de novo, cada um tem seu estilo!
Poeta não tem estilo, tem inspiração,
para poder voar nas asas da quimera
com todo sentimento e muita emoção...
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