quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O BEIJO

O BEIJO.
(by jan)

Um beijo longo e demorado,
em lábios que tremem
e cedem, abrindo-se
ao toque de línguas
tão penetrantes,
quanto línguas devem,
não é apenas um beijo,
e nada mais,
esse sim é um verdadeiro beijo.

Ele só é muito mais,
quando em boca aberta, faminta,
ávida, sôfrega, voraz,
que só para de se abrir,
ao sentir que algo,
nela, se move e faz
os lábios delicadamente sugá-la.

Beijo também é língua que da boca sai,
para tocar essa parte linda
do teu corpo, fazendo-o todo tremer, fremir,
se agitar muito mais, ainda,
quando descobre vibrando,
o gosto daquilo, que nele se oculta
nas sombras de seus recantos,
bem no centro, onde em teu púbis vive,
pois é nele agora que estou te amando.

É beijo tudo o que de lábios seja,
tanto mais o que de lábios se deseja,
mas é muito mais e muito mais parece
o que dele se pretende e apraz,
se quando, nele, tudo nos satisfaz
e o meu amor de volta te traz.

Por isso, quero beijar-te: na frente,
dos lados, em cima, em baixo, atrás,
por todo lado, de todo jeito
e não assim somente,
quero te virar do avesso e muito mais,
sempre te penetrando docemente,
para que se, um dia, me afastar de ti
eu leve a saudade comigo,
mas deixe um beijo especial,
no teu corpo todo, em teu umbigo,
pois serei na Terra, teu açúcar, teu sal,
serei tudo e todo teu
e jamais serei teu mal.

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