sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O QUE FAZER PARA TE ESQUECER?

O QUE FAZER PARA TE ESQUECER?
(by jan)


Se ainda brilhas, indolente, sobre mim,

quando, sem que eu queira,

invades meus pensamentos

e ainda assim, me fazes ficar triste,

mesmo quando em meus desvarios

insistes em fantasiar meus dias,

sem realizar meus recônditos desejos.



Nesse instante fugaz,

relembro nossos momentos,

de felicidade incontida,

e ao fazê-lo, como extasiado,

permito remeter-me ao passado,

ainda tão presente,

quando minha alma gozei

na brancura dos lençóis

da nossa cama, desfeita na volúpia

do teu prazer intenso, contumaz, insano,

como fizeste com a minha vida

que, impiedosamente, estás, agora,.

roubando-a, para sempre, de mim,

transformando-me nesse miserável nômade,

descontrolado, sem domínio,

sem rumo, sem norte,

sem minha pousada de amor,

voando de galho em galho,

como um pássaro ferido,

a procura de outro ninho,

para curar minhas feridas.



Prisioneiro de sentimentos

confusos, deletérios,

na vã tentativa de me salvar de ti,

de teus fantásticos mistérios,

forço visões desencontradas:, desordenadas.



Vejo o mel que,

vazava da tua boca,

quando gozavas,

ser, agora, expelido como fel,

mostrando-me o quanto

eras dissimulada e

o quanto sorrias de mim

sem eu saber, impiedosa.



Visão triste, doída, infernal

de uma paixão terminal,

que, para mim, ainda insiste,

como uma doença,

parecer doce, bela, inicial

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