Jamais tive ídolos em minha vida. Entretanto, hoje, passados dez anos da morte de Ayrton Senna, confesso, para meu espanto: Pela coragem, pela competência, pela perícia, o arrojo, sua imensa personalidade e humildade, ele foi meu grande e único ídolo entre os mortais. Só agora compreendi isso, ao analisar meus sentimentos pelo seu inesperado falecimento. Por isso, o reverencio em meu pseudo poema, mesmo que um dia seja considerado infantil, o que não receio e até aceito, pois sou dos que consideram, aquele que idolatra, um infantil, logo não poderia ser exceção à minha própria regra, e daí?!
Meu ídolo.
(by jan).
Voa, voa,
voa veloz
pelo céu,
alma boa,
faz teu novo papel,
levando contigo,
nossos aplausos,
querido amigo!
Já que Deus
nos tirou da boca
o prazer de gritar
e a alegria de vibrar
com o teu dom louco
de voar, veloz,
aqui no chão,
só para nós,
deixando-nos
a profunda dor
dessa saudade
que, sem pedir
permissão, invade
o nosso coração,
ao menos leva contigo,
a imensa felicidade
que um dia sentimos
e a alegria que vivemos
em todos aqueles domingos,
para os nossos antepassados
que estão ao teu lado, agora,
os mais novos privilegiados.
Deixa-os sentir
tua forte presença
e para nós só a dor
da tua ausência...
Só mudaste de cena
meu grande amigo,
mas jamais
deixarás de ser
o nosso Senna,
entre tantos,
o grande preferido,
que sendo agora só deles,
mesmo que torçam, mudos
sem aplausos, calados,
serão, para sempre
teus únicos admiradores...
És invisível apenas, para nós,
mas jamais serás esquecido,
pois ainda te sentimos vivo
em nossos corações,
em nossa eterna saudade,
das tuas corridas dos domingos.
Voa, voa,
alma boa,
voa para o paraíso
meu camarada
desempenha aí
em tua última morada,
teu novo papel,
com a mesma competência,
meu campeão invencível,
no céu, tua nova residência.
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