terça-feira, 28 de dezembro de 2010

MINHAS LEMBRANÇAS...

Minhas lembranças...
(by jan0

Foram embora, de repente,
Como chegaram bem mansas,
Sem que eu sentisse ou percebesse,
Deixando essa saudade na gente
E essa imensa insegurança,
Quando para bem longe, de mim,
Sumiram as minhas lembranças...

Não sei o porquê de tudo isso,
Só sei que está me aborrecendo,
E que, com certeza, não é prazer,
O que, agora, estou sentindo
E não duvidem disso,
Pois estou sofrendo,
Ao vê-las, de repente, sumindo!

Não deveria tê-las deixado,
Se afastarem de mim, assim,
Se eu sabia que, sem elas, um dia,
E tinha certeza disso,
Só essa tristeza me sobraria,
Para me consumir, enfim,
Pois estou ficando velho e isso
É sinal que já me aproximo do fim.

É da presença delas, novamente,
O que mais preciso ter
E o que mais, definitivamente,
Eu quero e preciso reter.

Porque as sentindo rápido,
Se afastarem de mim,
Sem nada poder fazer, pra isso mudar,
Jamais voltarei a ser feliz, assim,
Sem que elas possam retornar!

Sabendo que minhas lembranças,
São meus únicos desejos, agora,
Devo crer e somente acreditar
Que é delas de que dependo,
Para de novo ser feliz, voltar a viver...
Afinal, como sem elas, poderei relembrar
De parte da minha vida, a mais importante?

Principalmente, daquelas que dela,
Com grande emoção, participaram,
Além de serem as maiores cicatrizes
Que em meu coração, definitivamente, marcaram.

Como, sem essas lembranças,
Eu poderia falar dos meus ex-amores,
Se foram, todas elas,
Maravilhosas mulheres, testemunhas
Da minha felicidade, das alegrias
E de todas as minhas dores?

Alguns anjos de candura,
Belas e delicadas criaturas,
Outras, poucas, um tanto malvadas...
Mas, e daí, se, ainda assim, minha vida
Preencheram, enriqueceram-na
E lhe deram mais cores?!

Tomaram conta de mim,
Invadiram meu ser,
Essas danadinhas sedutoras,
Minhas ex-mulheres,
E, apesar de serem
Da terra e não do céu,
Com suas vozes ternas,
Doces, me encantaram,
Suaves, me arrebataram,
Quando, tantas vezes, descerraram
O imaginário véu,
Em que envolto eu vivia.

Sutilmente, foram elas
Que meu coração invadiram,
E, lentamente, todos esses anos,
Minha vida adoçaram,
Com seu delicado mel.

Possibilitando que minhas lembranças retornem
E que cada uma, destas mulheres, nelas, permaneça,
Permitirá Deus, que eu continue procurando,
Porque ainda insatisfeito,
Aquela que será definitiva,
A derradeira mulher da minha vida,
O amor que levarei, comigo,
Para a eternidade, em minha retina,
Quando meus olhos, para sempre, se fecharem...

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