AOS MEUS AMORES
(by jan)
E agora, que o fim está perto,
Então, eu enfrento a cortina final
Que se fechará no palco onde brilhei.
Querida, eu lhe direi toda a verdade:
Poderia ser qualquer uma delas,
Inclusive você, meu amor.
Vou lhe contar essa minha história,
Da qual tenho certeza,
Mas você ainda não!
Eu vivi uma vida plena,
E foram ótimos todos os meus momentos.
Eu viajei por todas as estradas,
Todos os mares e oceanos,
Conheci inúmeras e belas mulheres
E foram muitas, em diversos momentos.
Entretanto, mais,
Muito mais do que tudo isto,
Eu, bem ou mal, fiz do meu jeito.
Erros eu cometi diversos,
Arrependimentos, eu tive poucos!
Mas, mesmo assim,
Alguns eu poderia mencionar, sim,
Por que não?
Só os fiz, porque tive de fazê-los,
Foram inevitáveis, não pude contê-los.
Tudo que fiz, eu sei, não tem isenção,
Por que planejei, premeditei cada caminho,
Talvez, por isso, eu não mereça perdão,
Cada passo que dei foi cuidadoso, sozinho.
Ao longo da estrada, algumas vezes,
Errei mas não fui maldoso.
Entretanto, espero que entenda,
Pois mais, muito mais que tudo isso,
Tudo que fiz, fiz do meu jeito.
Sim, houve vezes, tenho certeza,
Que você soube e, por isso, compreendeu
Quando dei um passo maior do que podia.
Mas, quando eu passava por tudo isso
E quando pairava a mínima dúvida,
Eu a guardava, para mim mesmo
E ficava calado, emudecido.
Eu passei por tudo e fiquei de pé,
Jamais, reclamei da vida que levei,
Porque, quando fiz, fiz do meu jeito.
Eu amei, sorri, sofri e chorei,
Nos tempos de fartura
Ou nos momentos de crise,
Quando tive muitas perdas no caminho.
Entretanto, quando o sofrimento,
Fez de mim um prisioneiro solitário
E desapareceu com meus amores e carinhos,
Eu suportei tudo sozinho, sem abatimento.
Agora que as lágrimas estão acabando,
Acredite! Eu acho tudo tão divertido,
Ao pensar que fiz todas aquelas loucuras
E posso dizer, porque não sou tímido,
Não, não eu, eu não!
Apenas, tudo que fiz, fiz do meu jeito,
Pois o que é um homem,
Se não é tudo o que ele faz,
O que ele cria e não o que ele tem?
Mas, se não foi ele mesmo quem fez,
Então, se ele não fez nada,
Ele não é nada, não é ninguém,
Para dizer as coisas que ele sente,
Sua palavra, não vale nada,
É de quem se ajoelha se agacha!
A minha história minha amada,
Você a encontrará, nas letras que desenhei
E nelas você verá se desejar,
Que é tudo diferente do que pensa
Pois, mostro tudo que suportei,
Todas as pancadas que tomei da vida
E tudo isso também é meu testemunho,
De que tudo que fiz, eu fiz do meu jeito!
Como pode ela, agora, querer o impossível,
Ser a primeira, a única ou a última
Se, tantas antes, existiram
E continuarão a existir, assim espero,
Sobrevivendo envoltas em minhas túnicas,
Correndo no meu sangue, dando-me vida,
Porque é só assim que posso querê-las,
Amando-as, apenas, na minha saudade,
Por minhas memórias, agora, alimentadas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário