sábado, 13 de agosto de 2011

COMENTANDO UM POEMA DA MARAVILHOSA POETISA ALZIRA


Comentando uma poesia linda da maravilhosa poetisa Alzira, que me calou profundamente

Hoje, querida Alzira, já li quase todos os teus poemas. Voltei para comentar este que mais me impressionou, “A sorrir e a chorar”, já saberás o por quê: Algo, quando nele li, mexeu comigo, ficou gravado em minha mente e torturava-me sem eu saber ou lembrar o quê e por que. Não conseguia mais me concentrar na leitura dos demais. De repente, ao retornar ao teu poema, descobri, lembrei-me. Foram esses dois versos:

“... Sei e entendo que queres ir embora,
Boa sorte amor da minha vida...”

Certa vez um amigo, logo após divorciar-me, disse-me: “Jan jamais ames ou vivas com uma mulher que tem um filho – homem – pois este é e será o único e verdadeiro amor de sua vida e quando descobrires isto te assustarás, poderás até perder o rumo...”

Não sou tão ingênuo que possa acreditar ou desacreditar nessa intempestiva e estaparfúdia declaração, que até pode soar como verdadeira para alguns, mas não para mim. Por isso, retruquei: amigo, um Lobo do Mar, como eu, hiper vivido, conhecedor de mais da metade do mundo, jamais perderia o rumo ou ficaria à matroca (termo que usamos em marinharia) e acredita, meu caro, acho isso que disseste uma grande e verdadeira tolice machista.

O coração se divide em dois átrios e dois ventrículos, logo, se a mulher com quem um dia eu for viver, aquela que ainda não tive o prazer sequer de conhecer, me conceder a honra de habitar um desses espaços em seu corajoso coração, em apenas um, acredito e quase tenho certeza, que já dará para que eu me considere muito feliz.

Explicarei por que amigo: eu não tive a sorte de ser amado, assim explicitamente, por minha mãe, a grande matriarca da família, que jamais me beijou espontaneamente. Por que motivo eu exigiria da minha mulher, daquela repito, que ainda não conheço, me concedesse todos os espaços do seu coração.

Respeito-te e te amo mais ainda por amares o teu querido filho com todas as forças do teu coração, como todas as mães do mundo deveriam amar, sem receio ou pudores. Parabéns! Desculpa-me a intimidade. Sei que me excedi, mas não resisti, perdoa-me! jan.

Nenhum comentário:

Postar um comentário